Anatomia da Cabeça do Cavalo: Nervos Faciais, Estruturas Ósseas e
Anatomia da Cabeça do Cavalo: Nervos Faciais, Estruturas Ósseas e
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Vamos começar analisando a estrutura individual da cabeça do cavalo, levando em consideração seu tamanho, a fim de determinar o equipamento mais adequado. A pressão na parte superior do nariz costuma ser bem tolerada pelos cavalos. No entanto, é fundamental garantir que a pressão não seja aplicada na posição incorreta, como na parte inferior do nariz ou na área mais frágil do osso nasal. A pressão nesses locais pode causar danos severos, inclusive a quebra do osso nasal, especialmente em situações como sacudidas repetidas ou uso de uma cabeçada mal ajustada e muito grande.
As narinas também podem ser afetadas por uma focinheira posicionada muito baixa, comprometendo a capacidade respiratória do cavalo. Como regra geral, uma focinheira deve ser posicionada acima da área onde o tecido mole da boca termina e o osso duro pode ser sentido ao redor de toda a focinheira (*acima). Isso também está alinhado com o início dos pré-molares e 3-4 dedos abaixo das maçãs do rosto (*seta lateral). É importante lembrar que acidentes podem acontecer, e o cavalo pode se assustar e usar mais força do que o necessário, resultando na quebra do osso nasal.
Um estudo realizado no México com cavalos militares, intitulado “Prevalência e Distribuição de Lesões nos Ossos Nasais e Mandíbulas de uma Amostra de 144 Cavalos de Equitação” (link do estudo aqui), identificou deformações e depósitos ósseos causados por focinheiras e hackamores. O estudo destaca que o problema não está necessariamente no equipamento utilizado, mas na falta de treinamento adequado e na aplicação de força excessiva.
Imagens do estudo “Prevalência e Distribuição de Lesões nos Ossos Nasais e Mandíbulas de uma Amostra de 144 Cavalos de Equitação”
Outro estudo interessante, realizado na Finlândia, chamado “Fatores de risco para lesões relacionadas à embocadura em cavalos de trote finlandeses”, analisou cavalos após eventos esportivos. A pesquisa foi conduzida pelo Centro de Pesquisa para o Bem-Estar Animal do Departamento de Medicina Animal de Produção da Universidade de Helsinque. O estudo envolveu todos os tipos de embocaduras, incluindo as de articulação única, e todas foram associadas a lesões, independentemente da presença ou não de sangue visível. Os resultados apontam para um problema de bem-estar invisível nos cavalos com embocadura, uma vez que 83% dos cavalos Standardbred e 90% dos Finnhorses apresentavam lesões agudas, e 61% e 74%, respectivamente, tinham lesões moderadas ou graves.
Os resultados deste estudo são alarmantes e demonstram a importância de buscar alternativas menos agressivas e mais seguras para o bem-estar dos cavalos durante a equitação, além de promover treinamentos adequados para os cavaleiros.
É fundamental evitar a pressão excessiva nos nervos faciais do cavalo para prevenir desconforto, dor e possíveis lesões. O nervo trigêmeo é um dos principais nervos faciais nos cavalos e é responsável por transmitir sensações e controlar os músculos da face. Ele se divide em três ramos principais: o nervo oftálmico, o nervo maxilar e o nervo mandibular. O nervo trigêmeo torna-se superficial em várias áreas da cabeça do cavalo e, por isso, é importante prestar atenção ao posicionamento do equipamento de equitação.
Para identificar a área onde o nervo trigêmeo se torna superficial na cabeça do cavalo, siga estas orientações:
Encontre a área do forame infraorbital: Este ponto está localizado logo abaixo do olho do cavalo, onde o ramo maxilar do nervo trigêmeo se torna superficial. Para localizá-lo, sinta cuidadosamente a área abaixo do olho até encontrar uma pequena depressão óssea.
Identifique o forame mentoniano: O ramo mandibular do nervo trigêmeo se torna superficial nessa área, que está localizada na parte inferior da mandíbula do cavalo. Você pode encontrá-lo ao seguir a linha da mandíbula em direção à boca do cavalo, onde o osso começa a se curvar para cima.
Ao posicionar freios, focinheiras e cabeçadas, certifique-se de evitar pressão direta ou excessiva sobre essas áreas sensíveis. Além disso, é importante escolher equipamentos adequados e ajustá-los corretamente para garantir o conforto e o bem-estar do cavalo durante a equitação.
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